COMUNHÃO SACERDOTAL

1. A comunhão do sacerdote realiza-se , antes de tudo, com o Pai, origem última de todo poder; com o Filho, em cuja missão redentora participa; e com o Espírito Santo, que lhe dá a  força para viver e realizar a caridade pastoral. A missão do sacerdócio ministerial brota da Santíssima Trindade e se prolonga na comunhão com a Igreja. 
2. Comunhão com a Igreja. O presbítero, mediante a ordenação sacramental, estabelece relações especiais com o Papa, com o Corpo episcopal, com o Bispo próprio, com os outros presbíteros, com os fiéis leigos.
3. Comunhão hierárquica. A comunhão como característica do sacerdócio funda-se na unicidade da Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, que é Cristo. “Não existe ministério sacerdotal senão na comunhão com o Sumo Pontífice e com o Colégio Episcopal e de modo particular com o próprio Bispo diocesano, aos quais se deve  guardar filial respeito e obediência prometidos no rito da ordenação”(João Paulo II).
4. Comunhão na celebração eucarística. A comunhão hierárquica está expressa de modo significativo na oração eucarística, quando o sacerdote, ao rezar pelo Papa, pelo Colégio Episcopal e pelo Bispo próprio, não exprime apenas um sentimento de devoção, mas testemunha a autenticidade da sua celebração.
5. Comunhão na atividade ministerial. É indispensável para o presbítero humilde e filial vínculo de obediência para com a pessoa do Santo Padre, união filial com o Bispo próprio.
6. Comunhão no presbitério. Em virtude do sacramento da ordem, “cada sacerdote está unido aos outros membros do presbitério por particulares vínculos de caridade apostólica, de ministério  e de fraternidade”.
7. Presbitério, lugar de santificação. O presbitério é o lugar privilegiado para o sacerdote poder encontrar os meios específicos de  formação, de santificação e de evangelização e ser ajudado a superar as limitações e as fraquezas próprias da natureza humana que hoje particularmente se notam.
8. Fraterna amizade sacerdotal. A capacidade de cultivar e viver amadurecidas e profundas amizades sacerdotais aparece como fonte de serenidade e de alegria no exercício do ministério, apoio decisivo nas dificuldades e ajuda preciosa no incremento da caridade pastoral, que o presbítero deve exercer num modo particular precisamente com os colegas em dificuldade, que têm necessidade de compreensão, ajuda e apoio.
9. Vida comum. Viver com os outros significa aceitar a necessidade de uma conversão pessoal contínua e, sobretudo,  descobrir a beleza de tal caminho, a alegria da humildade, da penitência, mas também da conversão, do perdão reciproco e do sustento mútuo.
10. Comunhão com os fiéis leigos. Homem de comunhão, o sacerdote não pode exprimir o seu amor ao Senhor e à Igreja sem traduzi-lo em amor real e incondicionado ao Povo cristão, objetivo de seu trabalho pastoral. O relacionamento do presbítero com os fiéis deve ser sempre essencialmente sacerdotal.
11. Empenho político e social. O sacerdote, servidor da Igreja que em virtude da sua universalidade e catolicidade não pode ligar-se a nenhuma contingência histórica, estará acima de qualquer parte política. Ele não deve tomar parte ativa em partidos políticos.

(Confira estas citações em DIRETÓRIO PARA O MINISTÉRIO E A VIDA DOS PRESBÍTEROS- Congregação para o Clero, n. 12, edições CNBB 2013).


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