Na Diocese de Foz do Iguaçu é tempo favorável de nova evangelização para a transmissão da fé cristã. No dever de evangelizar, devemos ser a Igreja que anuncia e transmite a fé e no coração do nosso anúncio deve estar Jesus Cristo, professado e testemunhado. Não podemos jamais esquecer a centralidade da tarefa da evangelização para a Igreja de hoje. Sendo evangelizadora, a Igreja começa por se evangelizar a si mesma. O processo de evangelização que devemos assumir em nossas comunidades transforma-se num processo de discernimento.
Vivemos momentos de tensões neste momento histórico, de perda de equilíbrios e de pontos de referência. Precisamos de um novo ardor missionário evangelizador, precisamos de coragem de ousar novos caminhos, para atender às mudanças de condições dentro do qual a Igreja é chamada a viver hoje o anúncio do Evangelho. É preciso evangelizar, entre nós, as pessoas que, já receberam o anúncio de Cristo. É a nova evangelização como renascimento espiritual da vida de fé de nossa Igreja Particular, capacidade de assumir, no presente, a coragem e a força dos primeiros cristãos, dos primeiros missionários. Como está a saúde do cristianismo em nossa Diocese? É preciso revitalizar a nossa ação evangelizadora, colocar no centro a pessoa de Jesus Cristo, o encontro com Ele, que doa o Espírito Santo para um anúncio e uma proclamação do Evangelho. É preciso levar as pessoas ao encontro com a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo.
Hoje nos defrontamos, como cristãos, com os novos cenários, com os quais somos chamados a confrontar-nos. É preciso ter a audácia de levar a questão de Deus para dentro destes problemas, concretizando a missão da Igreja de iluminar, a partir da centralidade de Cristo, os problemas do mundo de hoje. É preciso lidar com estes cenários não permanecendo fechados no recinto de nossas comunidades, mas, a partir de dentro, aceitar o desafio de entrar em tais fenômenos, para lhes levar a palavra e o nosso testemunho. Necessitamos discernir os sinais do Espírito Santo na ação, em vista de uma fé adulta e consciente
Continuar mantendo a forma de uma Igreja Missionária. A Igreja não pode perder a sua capacidade de estar perto da vida das pessoas, para a partir daí anunciar a mensagem vivificante do Evangelho. Significa: ajudar a Igreja a continuar presente “nas casas dos seus filhos e filhas” (Beato João Paulo II).
O cristão e a Igreja ou são missionários ou não são nada. Quem ama a sua fé preocupa-se também em dar testemunho dela e levá-la aos outros permitindo que possam participar dela. A falta de zelo missionário é falta de zelo pela fé. A missão ad intra é sinal de autenticidade e estímulo para realizar a outra ad extra e vice-versa.
A Nova Evangelização é sinônimo de missão; pede capacidade de recomeçar, de ir além, de ampliar os horizontes. A nova evangelização é o contrário da auto-suficiência e de fechamento em si mesmo, e de uma visão pastoral que considera suficiente continuar a fazer como sempre fez.
Como nossa Igreja Particular assumiu a nova evangelização proposta por João Paulo II: “nova evangelização: nova no seu ardor, nos seus métodos, nas suas expressões”?
Mesmo que em nossa Diocese esta proposta da nova evangelização tenha sido colocada em prática, é preciso ter coragem para ousar novos caminhos. Não é duplicação do que já realizamos, mas ir além e, como dissemos acima, ampliar os horizontes em nossa ação evangelizadora. (Cf. XIII Assembléia Geral Ordinária – Sínodo dos Bispos – Lineamenta: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.)
+ Dirceu Vegini