Sobre o Episcopado I


Da Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II:

Na pessoa dos Bispos, assistidos pelos presbíteros, está presente no meio dos fiéis o Senhor Jesus Cristo, pontífice máximo. Sentado à direita de Deus Pai, não deixa de estar presente ao corpo dos seus pontífices, mas, antes de mais, por meio do seu exímio ministério, prega a todas as gentes a palavra de Deus, administra continuamente aos crentes os sacramento da fé, incorpora por celeste regeneração e graças à sua ação paternal (cf. 1Cor 4,15) novos membros ao Seu corpo e, finalmente, com sabedoria e prudência,dirige e orienta o Povo do Novo Testamento na peregrinação para a eterna felicidade.

Estes pastores, escolhidos para apascentar o rebanho do Senhor, são ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus (cf. 1Cor 4,1); a eles foi confiado o testemunho do Evangelho da graça de Deus (cf. Rm 15,16; At 20,24) e a administração gloriosa do Espírito e da justiça (cf. 2Cor 3,8-9).

Para desempenhar tão elevadas funções, os Apóstolos foramenriquecidos por Cristo com uma efusão especial do Espírito Santo que sobre eles desceu (cf. At 1,8; 2,4; Jo 20,22-23), e eles mesmos transmitiram este dom do Espírito aos seus colaboradores pela imposição das mãos (cfr. 1 Tim. 4,14; 2 Tim. 1, 6-7), o qual foi transmitido até aos nossos dias através da consagração episcopal.






Ensina, portanto, este sagrado Concílio que, pela consagração episcopal, se confere a plenitude do sacramento da Ordem, aquela que é chamada sumo sacerdócio e ápice do sagrado ministério na tradição litúrgica e nos santos Padres. A consagração episcopal, juntamente com o poder de santificar, confere também os poderes de ensinar e governar, os quais, no entanto, por sua própria natureza, só podem ser exercidos em comunhão hierárquica com a cabeça e os membros do colégio episcopal. De fato, consta pela tradição, manifestada sobretudo nos ritos litúrgicos da Igreja tanto ocidental como oriental, que a graça do Espírito Santo é conferida pela imposição das mãos e pelas palavras da consagração, e o caráter sagrado é impresso de tal modo que os Bispos representam de forma eminente e conspícua o próprio Cristo, mestre, pastor e pontífice, e atuam nas vezes d'Ele. Pertence aos Bispos assumir novos eleitos no corpo episcopal por meio do sacramento da Ordem.

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