Um excelente artigo de Dom Henrique Soares sobre o que celebramos no Natal...
Passei diante de um escritório. Estava enfeitado para o
Natal. Não havia imagem do Menino Jesus, nenhum símbolo religioso. Nada. Havia
luzes, uma árvore da Natal e uma guirlanda com um Papai Noel no centro; em
baixo, em dourado, bem grande, a palavra “paz”... De que paz estão falando? Que
paz estão pensando? Que paz um bizarro e inexistente Papai Noel pode trazer?
Que Natal se celebra quando não se celebra Cristo?
Arte de nossa sociedade pagã e vulgar: a
capacidade de banalizar tudo, de festejar tudo sem celebrar nada! As luzes do
Natal, que significam de profundo? Nada! As mensagens de Natal, com palavras
gastas: paz, amor, realizações, felicidade, prosperidade, sonhos... Que
significam, além de vagos desejos e sentimentos açucarados? Nada! Os eventos
natalinos: ceias, presentes, roupas novas, reuniões familiares? Que estarão
simbolizando? Nada!
Sem Jesus não há Natal. Sem Ele o Natal
é uma mentira; apenas mais uma comemoração de nada para dar a ilusão de que
estamos de bem com a vida... Sem Jesus, que fazer com a vida, a doença, a fome
de tantos, a tristeza, a solidão, as feridas de nosso coração, nossas derrotas,
nossos fracassos e os problemas de nossa existência? Sem Jesus, que fazer com a
morte que, cedo ou tarde, enfrentaremos?
O Ocidente encheu este período de uma atmosfera de doçura, bondade, esperança e amor. Cânticos belíssimos foram compostos; símbolos e costumes sublimes foram criados... Mas, tudo isso tinha um sentido, era expressão de um profundo estado interior: o Ocidente sabia que o mundo tinha um sentido e uma esperança: Aquele Menino que nasceu em Belém, que é Deus perfeito e homem perfeito. Sabia-se claramente que ele nos trouxera a salvação porque nos trouxera o sentido da vida e a vitória sobre a morte. Sabia-se bem que esse Menino é sinal de contradição e que segui-lo requer maturidade, amor, renúncia...
Os presentes recordavam que em Jesus Deus se fez presente; o pinheiro de Natal recordava que a vida veio ao mundo no ventre da Sempre Virgem Maria; as luzes nos diziam a Luz do mundo que dissipou a treva do pecado e da morte, a ceia natalina nos falava da Eucaristia e do desejo de participar do Banquete do Reino que esse Menino nos abriu. E o amor, a paz, a harmonia de que se falavam nasciam da paz desse Menino.
O Ocidente encheu este período de uma atmosfera de doçura, bondade, esperança e amor. Cânticos belíssimos foram compostos; símbolos e costumes sublimes foram criados... Mas, tudo isso tinha um sentido, era expressão de um profundo estado interior: o Ocidente sabia que o mundo tinha um sentido e uma esperança: Aquele Menino que nasceu em Belém, que é Deus perfeito e homem perfeito. Sabia-se claramente que ele nos trouxera a salvação porque nos trouxera o sentido da vida e a vitória sobre a morte. Sabia-se bem que esse Menino é sinal de contradição e que segui-lo requer maturidade, amor, renúncia...
Os presentes recordavam que em Jesus Deus se fez presente; o pinheiro de Natal recordava que a vida veio ao mundo no ventre da Sempre Virgem Maria; as luzes nos diziam a Luz do mundo que dissipou a treva do pecado e da morte, a ceia natalina nos falava da Eucaristia e do desejo de participar do Banquete do Reino que esse Menino nos abriu. E o amor, a paz, a harmonia de que se falavam nasciam da paz desse Menino.
Mas, agora, sem o Menino, tudo isso não
passa de ilusão, de consumismo, de mais uma fantasia tola. Assim vai nossa
sociedade: de futilidade em futilidade, de vazio em vazio...
Mas, para os que creem no Menino e nos
Seus passos aprumam sua vida, para esses o Natal ainda é uma doce verdade. A
esses, feliz Natal! Para os demais, com toda amizade e sinceridade de coração,
um bom 2014.