BISPO DE ROMA



Jornalista Antoine-Marie Izoard, em nome do grupo de língua francesa:

P: Para um Papa que não quer dar entrevistas, verdadeiramente lhe somos muito agradecimos. O senhor, desde 13 de março, se apresenta como o Bispo de Roma, com uma grandíssima, fortíssima insistência. Então, gostaríamos de entender qual é o sentido profundo desta insistência, se por acaso mais que a colegialidade se fala talvez de ecumenismo, por acaso, para ser 'primus inter pares' da Igreja? Obrigado!

Papa Francisco: “Sim, isto....não se deve ir além disto que se diz. O Papa é bispo: Bispo de Roma, e porque é Bispo de Roma é sucessor de Pedro, Vigário de Cristo, não? São outros títulos, não? Mas o primeiro título é “Bispo de Roma”, todo o resto é decorrência. Falar, pensar que isto queira dizer ser 'primus inter pares', não, isto não é consequência disto. Simplesmente é o título primeiro do Papa, não?, Bispo de Roma. Mas existe também os outros. Creio que você tenha falado algo sobre ecumenismo: creio que isto favoreça um pouco o ecumenismo, não? Mas somente isto...”.

Jornalista Dario Menor, de “La Razón”, da Espanha:

P: Uma pergunta sobre seus sentimentos. O senhor comentou há cerca uma semana sobre aquela criança que lhe perguntou como se sentia, se alguém podia imaginar em um dia ser Papa e se havia desejado isto. Após sua primeira experiência tão variada - como foram estes dias no Rio de Janeiro -, poderias nos contar como o senhor se sente sendo Papa, se é muito difícil, se é feliz o sendo e se, ademais, também de alguma maneira cresceu sua fé, ou ao contrário, teve alguma dúvida?....Obrigado!

Papa Francisco: “Realizar o trabalho de Bispo é uma coisa bonita: bonita. O problema é quando alguém 'busca' este trabalho. E isto não é tão bonito assim, isto não é do Senhor. Mas quando o Senhor chama um sacerdote para tornar-se bispo, isto é bonito. Existe sempre o perigo de se achar um pouco superior aos outros, não como os outros, um pouco 'príncipe'....são perigos e pecados, não? Mas o trabalho de bispo é bonito, porque é ajudar os irmãos a seguir em frente. O Bispo diante dos fiéis para indicar o caminho; o bispo em meio aos fiéis para ajudar a comunhão; e o bispo atrás dos fiéis, porque muitas vezes os fiéis têm a intuição do caminho: o bispo deve ser assim. A pergunta dizia se me agradava? Sim, me agrada ser bispo, me agrada. Em Buenos Aires eu era tão feliz, e como bispo fui feliz. Neste sentido eu digo, me agrada!”

P: E ser Papa?

Papa Francisco: “Também, também! Quando o Senhor te coloca alí, se tu faz aquilo que o Senhor quer, és feliz. Mas, este é o meu sentimento, eh! Aquilo que sinto!”.

PAPA FRANCISCO 28.07.2013 

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