OBRIGADO SANTO PADRE!

Histórica audiência geral na manhã desta quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013. Papa Bento XVI, que no último dia 11 surpreendeu o mundo anunciando sua renúncia ao ministério petrino, despediu-se hoje dos fiéis católicos na Praça São Pedro. A Cidade do Vaticano e seus arredores se coloriram com dezenas de milhares de pessoas providas de bandeiras, bancos dobráveis, garrafinhas de água e máquinas fotográficas para imortalizar o evento. 
Muitas famílias levaram suas crianças, e visto que as Universidades Pontifícias cancelaram as aulas para permitir que os alunos participassem da audiência, a Praça estava também repleta de jovens, muitos religiosos e religiosas estudantes na cidade. 
Bento XVI chegou a bordo do papamóvel, saudando os fiéis de todos os setores do perímetro da Praça São Pedro. O automóvel parou por alguns instantes para pegar nos braços uma criança e beijá-la na cabeça.  
Do palco montado para a ocasião, recebeu um caloroso aplauso de todos os presentes e proferiu a catequese, a última de seu pontificado. Agradecendo principalmente a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, o Pontífice quis “abraçar” a Igreja de todo o mundo, assegurando que tem consigo todos nós em suas orações. “Estou realmente comovido e vejo a Igreja viva!” – prosseguiu. Em seguida, disse sentir-se muito confiante de que o Evangelho purifique e renove, levando frutos aonde quer que a comunidade o escute e receba a graça de Deus, vivendo na caridade. 
Relembrando o dia 19 de abril de quase 8 anos atrás e o tempo passado até hoje, o Pontífice disse que o Senhor sempre lhe esteve próximo e ele pode sentir cotidianamente sua presença.

Após a catequese em italiano, o Papa fez este resumo em português, seguido de sua saudação:

“No dia dezenove de Abril de dois mil e cinco, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: «É um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo pedis, confiado na vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis». E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito. 
Amados peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica.”

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