Nome? Clemente. Idade? 94 anos, dia 23 de agosto próximo. Santa protetora? Nossa Senhora do Carmo. Casado com Maria há 65 anos. Reza diariamente o terço e participa da missa dominical na Capela Santo Antonio. Quando era jovem ia à Missa em Luiz Alves, a cavalo. Plantou fumo durante 50 anos e fumou 50 anos. É calmo e gosta de boa conversa. A polenta é seu prato preferido. Continua jogando cartas com os amigos durante os fins de semana. Caminha apoiado em sua bengala. Gosta de carregar lenha para o fogão de dona Maria. Tem admiração enorme pelos netos e netas. têm bisnetos. Tristeza? Já chorou a morte de um filho- o Melitino. Alegrias? São muitíssimas, talvez a maior foi quando participou de minha ordenação episcopal em Apucarana em 2006. Outra alegria: ser pobre: assim, segundo ele, faz a experiência da riqueza que é Deus. Sua paixão: a amada Maria.
Infância e juventude? Trabalhou no engenho de farinha da família. O filho com mais qualidades? A soma de todos eles. Decepção na vida? umas poucas. As alegrias foram bem maiores.
Este é meu pai que amo pois dele recebi o testemunho da fé, o amor e o incentivo na minha vocação sacerdotal. Minha maior alegria: vê-lo feliz ao lada da mãe. Aguarda com ansieadade a minha chegada: olhar dirigido ao horizonte, sempre atento a quem chega na sua casa.
Pai assim é muito bom que complete 94 anos e muitos outros tantos. Parabéns, meu pai, nosso pai. Somos filhos abençoados pela sua existência. Deus seja louvado pelo seu existir e pelo seu jeito de ser: de ser pai.
