O Reinado

O REINADO DE CRISTO



O povo de Israel fez uma experiência de um Reino que acabou por fracassar. Primeiro, a nação dividiu-se em duas que se hostilizavam. Mais tarde, por causa da sua infidelidade ao Senhor, acabaram por perder a independência, tendo sido levados cativos para o exílio de Babilônia, a cerca de mil quilômetros de distância da sua Pátria.
É neste contexto que o Senhor lhes promete, pelo profeta Ezequiel, a fundação de um novo Reino que o próprio Deus governará diretamente.
«Eis o que diz o Senhor Deus: 'Eu próprio tomarei o cuidado das Minhas ovelhas. Eu é que hei de olhar por elas'».
A promessa do Senhor cumpre-se na fundação da Igreja. O cumprimento desta promessa messiânica veio realizar-se na fundação da Igreja. Jesus Cristo é a Sua Cabeça e o Espírito Santo, a Alma.
De fato, é Cristo pessoalmente, embora de modo invisível, Quem atua na Sua Igreja: anuncia a Palavra, administra os Sacramentos e perdoa os pecados.
Para que possa aparecer visivelmente, escolheu um Chefe da Igreja Universal – o Papa – que governa em Seu nome o rebanho dos fiéis, mantendo-o unido e procurando as ovelhas que andam tresmalhadas; e na Igreja local, o Bispo diocesano que governa em nome de Cristo a porção do Povo de Deus que lhe é confiada, ajudado pelo Presbitério.
O mistério da Igreja realiza, pois, em nossos dias, estas palavras proféticas de Ezequiel, anunciadas durante a noite dolorosa do cativeiro de Babilônia.
É seguindo Cristo, o Bom Pastor, que seguiremos através da vida terrena até a glorificação final.
Ao mesmo tempo, o texto de Ezequiel define a nossa missão na terra, porque todos participamos, cada um a seu modo, da missão de Cristo, Bom Pastor.
– Fomentar a comunhão entre todo o rebanho e deste com Deus, através dos seus pastores.
– Retirar as ovelhas dos locais onde correm perigo por andarem desgarradas, para que reencontrem o caminho, e curar as que estão feridas.
– Assumindo, ao mesmo tempo, o papel de ovelha e bom pastor, para socorrer as mais débeis.
Muitos entendem a sua vida em Igreja como uma disponibilidade para receber pontualmente as ajudas espirituais que ela pode oferecer: rezar, frequentar a Eucaristia dominical e os Sacramentos e marcar os grandes momentos da vida com um sinal cristão: batismo, casamento e funeral.

Há ainda quem entenda que pertencer à Igreja é entrar num meio de transporte o qual, sem qualquer preocupação da sua parte, os levará ao Céu.
O Senhor delineou a Sua Igreja como uma família e nesta, a virtude fundamental é a solidariedade, ou seja, a comunhão, a caridade mútua, com todas as consequências.
No Evangelho do Juízo final, que nada vai modificar do que se passou no Juízo particular, logo a seguir à morte, todas as afirmações de Cristo referem-se ao exercício da caridade: «Vinde, benditos de Meu Pai, recebei como herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. É que Eu tive fome, e vós destes-me de comer. porque tive fome
Ele está misteriosamente presente naqueles que nós socorremos: «Em verdade vos digo: na medida em que o fizestes a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes».
Jesus Cristo julga os que são condenados e encontra-os com a culpa dos pecados de omissão: «tive fome, e não Me destes de comer, tive sede e não Me destes de beber, vinha de fora e não me recolhestes».
Celebrando a Solenidade de Cristo Rei, peçamos ao Senhor a graça de vivermos já nesta vida sob seu reinado, vivendo na obediência da fé e na caridade fraterna.

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