No Conselho Diocesano de Pastoral, realizado no dia 02 de março de 2011, na Paróquia Menino Jesus, entre outros temas apresentados, falou-se que é preciso refletir sobre a Restauração do Diaconato Permanente na Diocese de Foz do Iguaçu (Dom Dirceu).
Os Diáconos "recebem a imposição das mãos, não para o sacerdócio, mas para o ministério da Liturgia, da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e seu Presbitério" (De Ecclesia, n. 29). Assim, o Diácono exerce a tríplice diaconia: diaconia da Liturgia, diaconia da Palavra e diaconia da Caridade.
Os candidatos ao Diaconato Permanente geralmente participam de sua paróquia e comunidades através de uma variedade de serviços prestados. Por sua dedicação e responsabilidade, por sua liderança em funções específicas, por sua vontade de servir, são chamados pelo pároco ou pelo bispo a servirem a Igreja em caráter permanente. Este convite ou escolha, muitas vezes, é participado pelas comunidades mais conscientes que, antes de indicar o candidato, quando consultada, é apresentada e motivada para tal, já que acompanhará todo o processo de formação e atuação de seu Diácono Permanente.
Ao receber na Cúria o Rev.mo Pe. José Martins (03/3), perito no Concílio Vaticano II, fiz-lhe algumas perguntas sobre o Diaconato Permanente e, diante das respostas, solicitei-lhe que nos enviasse uma reflexão sobre a Restauração do Diaconato Permanente. Conheça, abaixo esta reflexão. Obrigado.
Os Diáconos "recebem a imposição das mãos, não para o sacerdócio, mas para o ministério da Liturgia, da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e seu Presbitério" (De Ecclesia, n. 29). Assim, o Diácono exerce a tríplice diaconia: diaconia da Liturgia, diaconia da Palavra e diaconia da Caridade.
Os candidatos ao Diaconato Permanente geralmente participam de sua paróquia e comunidades através de uma variedade de serviços prestados. Por sua dedicação e responsabilidade, por sua liderança em funções específicas, por sua vontade de servir, são chamados pelo pároco ou pelo bispo a servirem a Igreja em caráter permanente. Este convite ou escolha, muitas vezes, é participado pelas comunidades mais conscientes que, antes de indicar o candidato, quando consultada, é apresentada e motivada para tal, já que acompanhará todo o processo de formação e atuação de seu Diácono Permanente.
Ao receber na Cúria o Rev.mo Pe. José Martins (03/3), perito no Concílio Vaticano II, fiz-lhe algumas perguntas sobre o Diaconato Permanente e, diante das respostas, solicitei-lhe que nos enviasse uma reflexão sobre a Restauração do Diaconato Permanente. Conheça, abaixo esta reflexão. Obrigado.
Dom Dirceu Vegini
Bispo Diocesano
A RESTAURAÇÃO DO MINISTERIO DO DIACONADO PERMANENTE
(ORIGINALIDADE-DESAFIOS)
ATOS DOS APÓSTOLOS E VATICANO II
# PERMANENTE. “Este” diaconato não será uma mera etapa antes da ordenação presbiteral.
# CASADO. A Igreja Ocidental, desligada o celibato do Ministério ordenado (Neste caso do Diaconato). Permanece sim a possibilidade de que também sejam ordenados para dito ministério cristão que fazem a opção pelo celibato, mas não pelo presbiterado.
# JOVENS E OS DA TERCEIRA IDADE – Os novos diáconos não serão somente os aposentados e viúvos. Podem ser também cristãos jovens que sentem essa vocação ministerial (Não se trata de uma promoção, mas de uma vocação de serviço humilde e despretensioso).
# PROFISSÃO – Em geral, os diáconos já têm uma qualificação profissional, que lhes permite independência econômica.
# NEM SACRISTÃOS GLORIFICADOS NEM “SACERDOTES” DE SEGUNDA CATEGORIA. O diácono não é um “faz de tudo” na paróquia... Nem um recurso eclesiástico para atender à endêmica falta numérica de presbíteros.
# INCENTIVADOR DE OUTROS SERVIÇOS LAICAIS –O relançamento diaconal não anula os ministros extraordinários para o batismo, funerais, palavra, enfermos, testemunhos qualificados para os matrimônios etc. Os diáconos não devem sentir-se superiores aos outros servidores da comunidade eclesial. Ao lado de um nefasto clericalismo que as vezes existiu, se procura evitar um “diaconalismo” não menos pernicioso...
# LIGADOS AO BISPO – O diaconato responde às necessidades dos níveis de base da Igreja, como aconteceu no que está descrito no livro dos Atos 6,1-6, a propósito da vida da Igreja de Jerusalém, para que os apóstoloS se concentrassem no que era fundamental à sua missão. Os diáconos são dados à mais às dioceses que às paróquias. Ajudam na coordenação do Plano Pastoral e na articulação das diferentes comissões diocesanas. Historicamente muitos arquidiáconos de Roma, foram sucessores papais.
# DIACONIA – Surgiu no Brasil (Apucarana, Pr) a estrutura que se chamou de Diaconía. Presididas por um diácono, elas descentralizavam as paróquias e articulavam as CEB's. A abortada experiência de S. Cristobal de las Casas, Mx. preparava diáconos indígenas para a articulação das diferentes etnias nativas.
# CORPO DIACONAL - Os diáconos, como os seus protótipos da Igreja de Jerusalém (At 6,1-6):
- formam um corpo colegiado, não podem ser vistos só como indivíduos distinguidos com um ministério. Estavam ao lado dos presbíteros (infelizmente, com o passar dos séculos, perdeu-se a experiência original dos presbitérios como convivência colegiada com o bispo e os colegas presbíteros),
- podem constituir um grupo multicultural, como os primeiros diáconos que tinham no seu meio a Nicolau, prosélito da Síria,
- dedicam-se particularmente ao serviço da Palavra, como Estevão e Filipe (livro dos Atos), que nunca aparecem servindo às mesas,
- enfrentam o martírio, como o Estevão; ou foram missionários, como o Filipe primeiro na Samaria, depois convertendo e batizando o eunuco africano, no caminho de Gaza,
# A ESPOSA E FILHOS – A Igreja da América Latina e Caribe tomou muito em sério reconhecer a dignidade e o papel da mulher no mundo e na Igreja. Ao mesmo tempo tem clara consciência de que a opção pelo ordenação diaconal, de nenhum modo significaria separá-lo da sua família (também santificada por um sacramento). Seria um grave erro pastoral dar aos diáconos uma formação de celibatários. Por isso, se orienta que a esposa do diácono participe dos mesmos cursos que o marido recebe. Existem também encontros formativos para o diácono e seus filhos e filhas.
# FORMAÇÃO SISTEMÁTICA – O currículo de estudo para o diaconato não se restringe às suas atividades litúrgicas. Nem pode ser do estilo clássico das casas de formação como seminários, noviciados... O conteúdo básico tem que ser sobre o Reinado de Deus, a Cristología, a Eclesiologia, a Psicologia e a Pastoral, fundamentadas bíblica e teologicamente.
# A METODOLOGIA clássica do ver, julgar, agir, avaliar, celebrar, e dar técnicas modernas de comunicação e articulação farão parte não só do treinamento preparatório dos novos ministros, mas de toda sua vida, com a responsabilidade de nunca descuidar-se de uma formação permanente.
Parabéns! Dom Dirceu por esta abertura para a reflexão sobre o tema do Diaconato Permanente em nossa Diocese de Foz do Iguaçu.