AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


Por ocasião do Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social – 04/05, o Papa Bento XVI enviou sua mensagem ao mundo e de modo todo especial aos meios de comunicação.


AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Papa Bento XVI


É preciso evitar que a mídia se torne o megafone do materialismo econômico e do relativismo ético, verdadeiras chagas do nosso tempo. Pelo contrário, ela pode e deve contribuir para dar a conhecer a verdade sobre o homem, defendendo-a face àqueles que tendem a negá-la ou a destruí-la. Pode-se mesmo afirmar que a busca e a apresentação da verdade sobre o homem constituem a vocação mais sublime da comunicação social. Usar para tal fim as linguagens todas e cada vez mais belas e primorosas de que dispõem, a mídia é uma tarefa grandiosa, confiada em primeiro lugar aos responsáveis e operadores do setor. Mas tal tarefa, de algum modo, diz respeito a todos nós, porque todos, nesta época da globalização, somos utentes e operadores de comunicações sociais. Os novos meios de comunicação social, sobretudo telefonia e internet, modificam a própria fisionomia da comunicação, e talvez esta seja uma ocasião preciosa para redesenhar, ou seja, para tornar mais visíveis, como disse o meu venerado predecessor João Paulo II, os traços essenciais e irrenunciáveis da verdade sobre a pessoa humana (cf. Carta apostólica O rápido desenvolvimento, 10). O homem tem sede de verdade, anda à procura da verdade; demonstram-no nomeadamente a atenção e o sucesso registrados por muitas publicações, programas ou filmes de qualidade, onde são reconhecidas e bem apresentadas a verdade, a beleza e a grandeza da pessoa, incluindo a sua dimensão religiosa. Jesus disse: «Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jo 8, 32). A verdade que nos torna livres é Cristo, porque só Ele pode corresponder plenamente à sede de vida e de amor que está no coração do homem. Quem O encontrou e se apaixona pela sua mensagem, experimenta o desejo irreprimível de partilhar e comunicar esta verdade: «O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos…. (1 Jo 1, 1-3). Invocamos o Espírito Santo para que não faltem comunicadores corajosos e testemunhas autênticas da verdade que, fiéis ao mandato de Cristo e apaixonados pela mensagem da fé, «saibam tornar-se intérpretes das exigências culturais contemporâneas, comprometendo-se a viver esta época da comunicação, não como um tempo de alienação e de confusão, mas como um período precioso para a investigação da verdade e para o desenvolvimento da comunhão entre as pessoas e entre os povos» (João Paulo II, Discurso no Congresso Parábolas mediáticas, 9 de Novembro de 2002).


(trecho da mensagem do Papa Bento XVI)

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